oliveira da eurídice

oliveira da eurídice

Sunday, January 23, 2011

ODE AO TRABALHO ACADÉMICO
(em verso livre, que não sei rimar)

A página em branco
essa
meretriz de cândida alvura que nos impele
a nós,
discípulos da bem-aventurança literária,
a olvidarmos qualquer réstia
de humanidade em nós contida,
na barriga ou nas falangetas,
e nos transforma em reais,
verdadeiras,
prostitutas da densidade académica de citação.

Lupanar da metafísica
és tu,
real sociedade
de literatos literandos.

da série
Hoje está frio e eu não nasci para isto
volume I de "EXCURSOS OLIVEIRENSES SOBRE  A VIDA NO QUINTAL"
por oliveira da eurídice

Friday, January 21, 2011

DA AUSÊNCIA, que se faz tarde

Sim, temos andado arredias, eu e a eurídice.
Tal facto se deve a um importante trabalho em curso, do qual venho aqui dar conhecimento.

Trata-se de uma espécie de análise comparativa (ó, deuses no alto qualquer coiso, a ignomínia do passadismo!) entre Caeiro e Guerra Junqueiro - a rima não será acaso, acredito.

Não queria deixar de anunciar que habemus titulum, enfim, e que é de primeira água. É, inclusive, de esperar não mais precisar de escrever depois deste épico académico, pois nada mais ficará por dizer sobre nada neste mundo.


A METAFÍSICA DO LUPANAR
Que é como quem diz, “em Portugal sempre se confundiu humanidade com vulgaridade”
Ou ainda
Ai meu deus, ajuda-me, que não somos nada, ou se calhar até somos, mas não é importante e vamos todos morrer à mesma. E eu não quero morrer assim.

Um ensaio de Eurídice Gomes



Espero, depois disto:

- dispensa da apresentação de tese

- convite para leccionar a cadeira "Estudos literários - Esse Absurdo Em que Insistis, Ó Bisonhas Criancinhas, Formar-vos Por Não Saberdes Matemática"

- a imortalidade, por ser uma árvore e o Caeiro diz que isto anda tudo ligado e que a Natureza é tudo e fala em árvores e vê muitas, ao que parece, e insinua que as mesmas serão imortais.